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Um insecto voador, popularmente denominado por «fogo em brasa», está a causar pânico em Luanda e a fazer vítimas um pouco por todo o país devido as feridas do tipo queimadura que causa com a sua ferradura ou quando esmagado junto a pele.
O caso inédito em Luanda, começou a ser falado à boca pequena há cerca de 15 dias, com queixa de pessoas que eram atacadas pelo insecto desconhecido.
O insecto aparenta uma formiga com asas transparentes, de pigmentação azul, amarela e cinza e atraída pela luz local onde normalmente encontra as suas vítimas. Junto do homem ela adere à pele e como mosquito dá uma picada que por instinto o indivíduo tem tendência a esmagá-la contra a pele.Com este acto o insecto derrama qualquer coisa como pó ou líquido que minutos depois provoca um ardor seguido de uma cicatriz do tipo queimadura.
O «fogo em brasa» é um visitante frequente das províncias do norte de Angola particularmente do Kwanza Norte e Uíje onde aparece sempre em época chuvosa, apesar da lesão cutânea que causa nunca foi notificado pelos serviços de saúde publica.
Desconhecido dos luandenses o «ferro em brasa» deveria ser hoje tema de uma conferência de imprensa convocada pelos serviços de saúde por forma a explicar e a acalmar os citadinos aflitos e desorientados que estão.
Entretanto em declarações à Rádio Luanda a chefe de departamento de saúde publica da capital Isilda Neves explicou.
Este insecto é tradicional em algumas áreas do nosso país, nomeadamente na Lunda Norte, Benguela e Kwanza Norte.
Para nós aqui em Luanda é a primeira vez que assistimos a esse surto epidémico. Este insecto normalmente aparece na estação das chuvas em locais onde há bastante humidade que é o nosso caso. Também é frequente ao longo da costa ocidental africana e nos países dessa região. O insecto em si não pica mas ele tem um liquido no interior do seu corpo que provoca queimaduras na pele. Normalmente o sitio onde ele passa provoca essas lesões que são muito semelhantes a uma queimadura».
A médica que superintende a saúde publica de Luanda orienta alguns cuidados a ter com o insecto logo que tocado.
«Quando sentirem a presença do bicho em alguma parte do corpo não devem matar o insecto, devem afastá-lo de forma suave e lavar imediatamente a região afectada com água e sabão. Depois disso põem-se uma pomada no local, isso por conselho médico uma pomada para queimadura, o sulfato de zinco ou simplesmente lavagem com água».
Entretanto, Luanda registou nas ultimas 24 horas 343 novos casos de cólera e duas mortes segundo dados da delegação provincial de saúde.
Os últimos números de cólera estão assim distribuído por municípios Cacuaco com 85 casos de cólera, Viana 62, Samba 38, Cazenga 77, Sambizanga 22, Maianga 32, Ingombota 23, Kilamba-Kiaxi 7 e Rangel 3.
Dados da delegação provincial de Luanda indicam que desde Fevereiro ate hoje foram registados 219 óbitos em 15. 488 casos, o que representa uma taxa de letalidade de um por cento.
Dados da OMS dão conta que o total de casos reportados ascendem já os 30612 com 1,156 mortes em dez das dezoito províncias do país. Nas últimas vinte e quatro horas foram notificados 581 novos casos e 10 mortes.
Assim, Luanda vai na frente em número de casos de cólera com 15.145 enquanto Benguela lidera em número de mortes com 484.
No Bengo foram registados até hoje 1795 casos com 76 mortes, Benguela 6817, Bie 3 casos e 1 morto, Kwanza Norte 2910 casos e 158 mortes, Kwanza Sul 54 e 4 mortos, Luanda 15145 casos e 217 mortes, Huambo 13 casos e 4 mortes, Huila 122 casos e 17 mortes, Malanje 3017 casos e 183 mortes e Zaire 155 casos e dois mortos.
A epidemia da cólera foi declarada a 19 de Fevereiro pelo governo provincial de Luanda e em menos de um dia disseminou-se por todo o país.
in Angonoticias