Hoje, quando voltava do almoço (um belo choco na brasa), cheio de calor, e depois de tomar o cafézito no Kudissanga, chego à porta do edificio do BPC (onde é o escrtório) e o rebuliço à porta é bem maior que o costume.
Os engraxadores estão no local habitual, por baixo das arcadas, mas com o dobro da clientela. As quitandeiras estão paradas à sombra do outro lado da rua com os alguidares no chão. No Auto-Banco a fila é grande. Os seguranças amontoam-se à porta. "Isto vai cair!" As pessoas olham para cima, para o edifico. "Ainda não há fissuras". A todo o momento saem mais pessoas cá para fora e ficam por ali a olhar para cima.
Aparentemente houve uma secretária no 13º piso que sentiu o edifício a abanar. Um tremor-de-terra. Segundo consta Angola não tem praticamente nenhuma história de actividade sísmica. Outras pessoas diziam que tinham sentido o tremor fora do edificio. Bom sinal. Assim pode ser um sismo mesmo, e não este edificio em particular que esteja a cair.
Fui até a casa de câmbio em frente, escolhi a cambista mais jeitosa e troquei mais 100usd para o resto da semana. Na volta já diziam que era um pretxto para ninguem ir trabalhar. Afinal deve estar-se mesmo bem na praia.
Acabei por subir sem sobresaltos até ao 17º e sentei-me ao computador a procurar informação. A noticia veio por messenger, mandada pelo meu amigo Gadelhas: "Sismo de 7,5 abala região entre Tanzânia e Congo". A distância deve ser como de Lisboa a Paris, ou mais. Mas no terremoto de Lisboa tb cairam igejas em Espanha. Pela minha parte os unicos abalos que senti foram os buracos na estrada e as cólicas que prometem um novo "Picasso" durante a tarde.
PS: As melhoras para: Renato, Pombal, Parafita e Bafo